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“Não há planeta B!”: Agência de adolescentes face ao problema das alterações climáticas (PTDC/PSI-GER/1892/2021)

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“Não há planeta B!” – Este é um dos slogans mais usados em protestos para exigir ações face às alterações climáticas (AC). As AC apresentam consequências severas que comprometem a vida atual e futura do nosso planeta. O slogan reflete bem a necessidade urgente de preservar o nosso planeta. Para isso é necessário mitigar as causas das AC enraizadas na atividade humana, responsável pelas elevadas emissões de gases de efeito estufa. Este não é um problema que se resolva de um dia para o outro e depende de ações individuais e coletivas. Mais do que alterar comportamentos aleatórios, o apelo é o de assumir um papel agente ativo face ao problema das AC. Este papel está relacionado com o construto de agência proposto por Bandura, que se refere à capacidade humana de influenciar intencionalmente o próprio funcionamento ou o de outrem, bem como o curso da vida, através de processos autorregulatórios. Os modos de agência (i.e., individual, coletivo e proxy) influenciam ou são influenciados por determinantes pessoais, comportamentais e ambientais, de acordo com o modelo de causalidade triádica. Estes modos de agência são particularmente relevantes no estudo das AC, em que as soluções são construídas nos níveis individual e coletivo.

Ancorado na teoria sociocognitiva, o projeto visa: i) compreender os modos e fontes de agência dos adolescentes para mitigar as AC e ii) analisar os seus preditores individuais e contextuais. Para alcançar estes objetivos, alunos entre os 12 e 17 anos e outros informantes-chave (pais, professores de ciências, diretores escolares e Vereadores da Educação e Ambiente das Câmaras Municipais da comunidade) serão convidados a participar no projeto. Este é constituído por três fases: i) recolher dados através de entrevistas e grupos focais com os adolescentes e os informantes-chave mencionados; ii) desenvolver e validar uma escala para avaliar a agência dos jovens face às AC; e iii) recolher dados quantitativos em larga escala para testar um modelo explicativo multinível dos modos de agência dos jovens.

Esperamos que o conhecimento adquirido com este projeto ajude a desenhar políticas, práticas e intervenções educativas eficazes para mitigar as AC, o que consiste num dos maiores desafios deste século.

PTDC/PSI-GER/1892/2021

Grupo de Investigação:
Data de Início:
Data de Fim:
Investigador Responsável