Navigating trauma through resilience: the effects of emotion regulation, purpose, generativity and posttraumatic growth
Pereira, Ângela Sofia Ferreira
Miscellaneous
While early adversity is strongly linked to long-term emotional and psychological challenges,
increasing attention has been given to the potential for individuals to experience meaningful growth and
adaptation in its aftermath, especially when supported by internal resilience resources. This study
explores the relationship between personal resilience resources and psychological outcomes in adulthood
following childhood adversity, specifically posttraumatic growth and psychopathological symptoms, while
also validating key measures of the Resilience Portfolio Model (Grych et al., 2015) in a Portuguese sample.
A total of 206 participants, aged 25 to 64, completed an online questionnaire. Data were analyzed using
confirmatory factor analysis, descriptive and correlational statistics, and regression models, following
established procedures with SPSS and AMOS software. The results confirmed the validity of the Resilience
Portfolio Model and revealed significant associations between resilience strengths and psychological
outcomes. Hierarchical regression analyses showed that emotional regulation and purpose significantly
predicted lower psychological distress, while purpose and generativity predicted higher posttraumatic
growth. Emotional and sexual abuse and emotional neglect emerged as the most impactful trauma types
across models. In conclusion, the findings highlight the importance of fostering internal strengths in
clinical practice, supporting not only the reduction of distress but also meaningful growth and adaptation
following adversity.
Embora a adversidade precoce esteja associada a desafios emocionais e psicológicos a longo
prazo, tem-se dado crescente atenção ao potencial de crescimento e adaptação após essas experiências,
sobretudo quando apoiadas por recursos internos de resiliência. Este estudo explora a relação entre
recursos pessoais de resiliência e resultados psicológicos na idade adulta, nomeadamente o crescimento
pós-traumático e a sintomatologia psicopatológica, no contexto de adversidade precoce, validando
também medidas do Resilience Portfolio Model (Grych et al., 2015) numa amostra portuguesa.
Participaram 206 adultos, entre os 25 e os 64 anos, via questionário online. Os dados foram analisados
com recurso a análise fatorial confirmatória, estatísticas descritivas, correlações e regressões, seguindo
os procedimentos do modelo original. Os resultados confirmaram a validade do modelo e revelaram
associações significativas entre forças pessoais e os resultados psicológicos. A regulação emocional e o
propósito de vida previram níveis mais baixos de sofrimento psicológico, enquanto o propósito e a
generatividade previram maior crescimento pós-traumático. O abuso, emocional e sexual, e a negligência
emocional destacaram-se como os tipos de trauma mais impactantes. Conclui-se que a promoção de
forças internas na prática clínica pode apoiar não apenas a redução do sofrimento, mas também o
crescimento pessoal após a adversidade.