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Resultados do projeto "Melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e (re)integração para vítimas de exploração sexual"

Marlene Matos, coordenadora do grupo de investigação Vitimologia e Sistema de Justiça, do Laboratório Vítimas, Ofensores e Sistema de Justiça do CIPsi apresentou os resultados do projeto "Melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e reintegração para vítimas de exploração sexual" na sessão de encerramento realizada a 29 de abril no salão nobre do Ministério da Administração Interna.

O objetivo do projeto foi aperfeiçoar as estratégias de prevenção e identificação, além de desenvolver programas personalizados de assistência, proteção e reintegração para vítimas de exploração sexual.

Após entrevistar 90 vítimas, concluiu-se que a maioria recebia apoio, embora insuficientemente especializado para romper com as redes criminosas. Reconheceu-se o esforço governamental em assistência, acesso à justiça e sensibilização, mas ainda há muito por fazer. As vítimas são principalmente mulheres imigrantes brasileiras e romenas, frequentemente envolvidas em redes de prostituição. Os agressores, geralmente homens portugueses entre os 30 e os 50 anos, exercem controlo sobre as vítimas através de promessas de relacionamento ou manipulação emocional.

Marlene Matos enfatizou a importância de reconhecer os direitos das vítimas, agilizar processos de proteção e reintegração, e fornecer apoio contínuo adaptado às necessidades individuais. Além disso, destacou os desafios adicionais trazidos pela pandemia, incluindo dificuldades na detecção e sinalização do crime, especialmente para migrantes, e a adaptação dos criminosos ao uso de meios online para atrair vítimas durante os confinamentos.

O acesso a apoio psiquiátrico e psicológico é um desafio crítico para as vítimas, muitas das quais enfrentam falta de empatia ao procurar ajuda. Recomenda-se identificar grupos vulneráveis, divulgar os direitos das vítimas e oferecer apoio à reintegração. A pandemia aumentou a vulnerabilidade das vítimas e dificultou a detecção dos crimes, especialmente com o aumento da exploração online.

 O projeto, financiado no âmbito do EEA Grants Portugal 2014-2021, incluiu ações de formação e campanhas de sensibilização.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género é a entidade Operadora do Programa e a Secretaria-Geral da Administração Interna / Observatório do Tráfico de Seres Humanos é a entidade Promotora do Projeto. São entidades parceiras a Direção-Geral da Saúde, o IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., a APF - Associação para o Planeamento da Família, Associação O Ninho, Equipa "Micaela" - Fundação Madre Sacramento, a Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor e o Nadheim Oslo.

A sessão de encerramento do projeto foi transmitida em direto no Facebook do OTSH - Observatório do Tráfico de Seres Humanos:

 

Saiba mais:

https://www.eeagrants.gov.pt/pt/programas/conciliacao-e-igualdade-de-genero/projetos/projetos-pre-definidos/pdp7-melhorar-os-sistemas-de-prevencao-assistencia-protecao-e-re-integracao-para-vitimas-de-exploracao-sexual/

https://www.lusa.pt/article/42769678/v%C3%ADtimas-de-explora%C3%A7%C3%A3o-sexual-precisam-de-mais-assist%C3%AAncia-especializada-estudo-c-audio

https://www.jn.pt/5485807937/grande-parte-das-vitimas-de-exploracao-sexual-procuram-apoio-mas-carecem-de-assistencia-especializada/

https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/estudo-revela-que-vitimas-de-exploracao-sexual-precisam-de-mais-assistencia-especializada?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2550590/estudo-vitimas-de-exploracao-sexual-precisam-de-mais-ajuda-especializada

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2550590/estudo-vitimas-de-exploracao-sexual-precisam-de-mais-ajuda-especializada

https://m80.pt/noticias/151383/conhecidos-hoje-resultados-do-projeto-sobre-vitimas-de-exploracao-sexual

https://smoothfm.pt/noticias/151411/vitimas-de-exploracao-sexual-precisam-de-mais-assistencia-especializada

https://sicnoticias.pt/pais/2024-04-29-mai-concorda-com-servico-militar-como-pena-alternativa-para-jovens-c8637d9c

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