Liliana Capitão, investigadora do Laboratório de Neurociência Psicológica do CIPsi, foi entrevistada pelo jornalista Tiago Ramalho, do Jornal PÚBLICO, no artigo "Estar irritado nem sempre é mau e até pode ser útil para cumprir objectivos".
A investigadora comentou os resultados de um conjunto de estudos liderados por Heather Lench, investigadora em psicologia e ciências cognitivas da Universidade A&M do Texas (EUA), publicados no Journal of Personality and Social Psychology: Attitudes and Social Cognition, da Associação Americana de Psicologia.
Os resultados surgem de experiências e inquéritos com mais de mil participantes e abordam situações em que as emoções negativas, como a raiva, têm o seu lugar. A investigadora do CIPsi, que não participou no estudo, lidera um projecto para estudar os mecanismos cognitivos da raiva e explica que existe a ideia generalizada de que devemos evitar emoções consideradas ‘negativas’ como a raiva mas, na verdade, estas emoções são válidas e exercem funções importantes.
Liliana Capitão também alerta que há um lado negativo observado neste estudo: os estados de raiva ou ira também resultaram numa maior tendência para ‘fazer batota’ numa das tarefas desenhadas para avaliar este comportamento, o que demonstra que esta emoção pode também resultar em comportamentos eticamente questionáveis
A investigadora reforça também a necessidade de investigar os estados de raiva ou ira em contextos mais próximos da vida real, considerando que as tarefas utilizadas no estudo foram realizadas em contexto laboratorial.
Para ler o artigo completo:
https://www.publico.pt/2023/10/31/ciencia/noticia/estar-irritado-mau-ate-util-cumprir-objectivos-2068518